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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Veja como foi o curso "Catalogação e Indexação de filmes", com Marina Macambyra


Sábado, dia 08 de dezembro, realizei o curso “Catalogação e Indexação de filmes”, com Marina Macambyra, bibliotecária formada pela Escola de Comunicações e Artes da USP, que trabalha na biblioteca dessa mesma instituição, onde é responsável pelo tratamento do acervo de filmes, imagens fixas, gravações e partituras.

Marina Macambyra realizando exercício c/ os participantes
Marina Macambyra elaborou o Manual de catalogação de filmes da Biblioteca da ECA, disponível para download no site da instituição (www.eca.usp.br/biblioteca/manuais) e mantém o blog A imagem, o som, o tempo, sobre documentação audiovisual (http://imagemfalada.wordpress.com/). 

Entre os participantes estavam bibliotecárias da PUC, UNICAMP, Cásper Libero e Mário de Andrade, entre outras instituições, e a participação do público, a troca de experiências foi muito enriquecedora.  

A palestrante falou sobre as diretrizes brasileiras adotadas para a Catalogação de Filmes (AACR2 e MARC 21) e também sobre suas “falhas”. Ficou muito claro que estas normas não contemplam de forma satisfatória (e de modo a garantir uma “padronização”) os materiais audiovisuais. 

Marina falou também sobre a FRBR (Functional Requirements for Bibliographic Records) e os caminhos sinalizados por ela, para tentar resolver as questões não tratadas pelas normas usuais. 

Indexação e resumos também foram temas tratados pela palestrante, que chamou a atenção para a importância de se realizar uma descrição correta, que faça com que o resumo não seja um relato subjetivo do bibliotecário. A palestrante falou sobre as dificuldades existentes nessas ações, para que o bibliotecário, ao resumir uma obra audiovisual, por exemplo, não acabe “sugerindo conteúdos”, “descrevendo ações que não acontecem” (que são apenas suposições do bibliotecário), para que não seja incompreensível, não possua distorções ou, ainda, para que não tenha “visões tendenciosas”. O resumo deve ser o mais imparcial possível, deve apenas descrever exatamente aquilo sobre o que trata o documento, não deve conter interpretações pessoais do bibliotecário. Parece óbvio, mas, infelizmente, muitos exemplos nos mostram que esta atividade nem sempre é realizada de forma correta.  

Marina também falou sobre a indexação de ficção e não ficção, sobre as questões de assunto e gênero, e sobre a indexação de imagens, cenas e sequências específicas e chamou a atenção para se ter um cuidado especial para “não ver o que não existe”, sobre a flexibilidade das imagens, a questão dos “conteúdos sugeridos ou não mostrados” e “conceitos abstratos”.
 
Pamela, Paloma, Marina e Juliana.
Durante todo o curso a Marina lembrou a importância de sempre levarmos em consideração o usuário do material audiovisual e a instituição. É imprescindível que o bibliotecário conheça a instituição (missão, valores, etc.) e seus usuários (perfis, necessidades, etc.), para que, desta forma, a equipe possa definir seu manual de práticas para tratamento dos materiais audiovisuais de forma que o trabalho possa, de fato, atender as necessidades de seu público. 

Recebemos muita informação bacana, com exemplos reais de como podemos solucionar algumas questões, além de dicas da Marina Macambyra, que arrancou boas risadas dos participantes. Foi uma delícia e agradeço muito a Marina, por ter aceitado meu convite para ministrar este curso! 

Agradeço, também, a todos que ajudaram na divulgação do curso, aos participantes (que enriqueceram ainda mais o sábado, por meio de comentários e trocas de experiências) e ao Akira Takiy, pelo apoio e companheirismo!

Confira as fotos publicadas no álbum do Facebook.


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